O Presidente interino, Michel Temer,
disse em entrevista ao Fantástico na noite deste domingo (15/05)
que não será candidato à reeleição em 2018. Temer disse que esta decisão
permite que ele não pratique gestos e atos focados em uma nova eleição “Posso
ser até impopular, desde que produza benefícios para o País”, afirmou.
Temer admitiu não sua impopularidade, mas ressaltou
a sua legitimidade constitucional e a sua longa trajetória política. “Fui
eleito com ela. Os votos que Dilma recebeu, recebi também”, disse o Presidente
interino referindo se à sua colega de chapa na reeleição de 2014. “O PMDB
também trouxe muitos votos a Dilma”.
“Reconheço que não tenho inserção popular. Só terei
se produzir efeitos benéficos para o País”, disse ele.
Na entrevista, concedida no Palácio do Jaburu, em
Brasília, Temer reforçou o seu discurso de que pretende fazer com que o Brasil
se equilibre economicamente, politicamente e eticamente. Em um recado ao
PT, que disse que fará oposição forte ao governo liderado pelo Presidente
interino, Temer afirmou que o País precisa de pacificação, unificação, e isso
inclui todos os partidos políticos, empregadores e trabalhadores. Ele chegou a
dizer que vê como possível a possibilidade de esta pacificação incluir o PT, e
citou a Presidente afastada, Dilma Rousseff. “Uma coisa é o impedimento, outra
é o não-reconhecimento de alguém que Presidiu o País”, disse.
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