O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), Claudio Lamachia, criticou a nomeação de Ministros investigados ou
citados na Operação Lava Jato pelo Presidente interino, Michel Temer, e disse
que poderá avaliar o uso de instrumentos jurídicos para pedir o afastamento de Ministros
que venham a se tornar réus.
“Quem é investigado pela Operação Lava Jato não
pode ser Ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem
de trilhar melhores rumos. Faço o alerta de que a nomeação de investigados
contraria os anseios da sociedade e não deveria ser feita”, disse Lamachia em
nota.
“No futuro, se necessário, a Ordem avaliará o uso
dos instrumentos jurídicos cabíveis para requerer o afastamento das funções
públicas dos Ministros que se tornarem réus. Foi com base nesse entendimento
que a OAB pediu o afastamento do Deputado Eduardo Cunha e do então Senador
Delcídio do Amaral”, completou.
Na Equipe Ministerial de Temer, o único investigado
na operação é Romero Jucá (Planejamento), mas outros dois Ministros foram
citados na Lava Jato: Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima
(Secretaria de Governo).
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