segunda-feira, 7 de março de 2016

SINDJORN E FENAJ REPUDIAM DECLARAÇÕES DE CRISPINIANO E COBRAM MEDIDA DO GOVERNADOR

O Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte e a Federação Nacional dos Jornalistas emitiram nota conjunta na qual repudiam as declarações do Presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, que, nesse domingo (06/03), postou mensagem de incitação à violência contra veículos de imprensa.
Na nota, as entidades cobram ainda do Governador Robinson Faria uma medida contra seu auxiliar. “Ele atingiu toda uma categoria de profissionais e nitidamente pôs em risco as vidas de pais, mães e filhos. Seja coerente para que o peso das palavras de seu Secretário não recaia também sobre o senhor”, reclamam as organizações.
Confira a nota na íntegra:
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte vem a público repudiar frontalmente as declarações postadas neste domingo (6), em suas redes sociais, pelo Presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto. Senhor Secretário, sendo bem eufêmico, o senhor foi profundamente infeliz em suas palavras. Qual cidadão em sã consciência incita a violência? Mas o senhor não se deu por satisfeito e foi além. Conclamou a militância de sua corrente política a se voltar contra a imprensa. Ora senhor Secretário, é essa a conduta que deve ter um gestor público e ainda mais da área cultural?
Senhor Crispiniano, não podemos e não vamos aceitar uma tentativa tão venal e absurda de calar profissionais do jornalismo. Muito menos vamos nos calar e deixar de cumprir corretamente nosso dever por conta de uma incitação covarde como a sua.
Senhor Governador Robinson Faria, o Sindjorn exige uma resposta rápida quanto às declarações de seu auxiliar de governo. Rápida, enérgica e exemplar. Ele atingiu toda uma categoria de profissionais e nitidamente pôs em risco as vidas de pais, mães e filhos. Seja coerente para que o peso das palavras de seu Secretário não recaia também sobre o senhor.
Vivemos em um momento delicado no nosso País, é verdade, mas isso não pode jamais servir de justificativa para que percamos o senso de coletividade e de respeito às pessoas, às instituições e ao estado livre de direito.
Sindjorn e Fenaj

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