O
Diretório Nacional do PMDB decidiu nesta terça-feira (29/03), por aclamação,
romper oficialmente com o governo da presidente Dilma Rousseff. Na reunião, a
cúpula peemedebista também determinou que os seis ministros do partido e os
filiados que ocupam outros postos no Executivo Federal entreguem seus cargos.
O Vice-Presidente
da República e Presidente Nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da
reunião que oficializou a ruptura com o governo sob o argumento de que não
desejava "influenciar" a decisão. No entanto, ele teve participação
ativa na mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a segunda-feira
(28/03) em reuniões com parlamentares e Ministros do PMDB em busca de uma
decisão “unânime”.
Comandada pelo Primeiro Vice-Presidente do PMDB, Senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reunião durou menos de cinco minutos. Após consultar simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o resultado da votação.
Comandada pelo Primeiro Vice-Presidente do PMDB, Senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reunião durou menos de cinco minutos. Após consultar simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o resultado da votação.
"A
partir de hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base
do governo da Presidente Dilma Rousseff e ninguém no País está autorizado a
exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB", enfatizou.
A
decisão do PMDB aumenta a crise política do governo e é vista como fator
importante no processo de impeachment de Dilma. Há a expectativa de que, diante
da saída do principal sócio do PT no governo federal, outros partidos da base
aliada também desembarquem da gestão petista.
Atualmente,
o PMDB detém a maior bancada na Câmara Federal, com 68 Deputados Federais. O
apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro da sigla e as críticas contra
Dilma se intensificaram com o acirramento da crise econômica e a deflagração do
processo de afastamento da Presidente da República.
Nathalia
Passarinho e Fernanda Calgaro, do G-1, em Brasília
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