domingo, 3 de fevereiro de 2013

FALTA CANA PARA ATENDER A DEMANDA DE VOLUMOSOS DO REBANHO BOVINO DO RN

Apesar dos bens sucedidos esforços da Anorc (Associação Norte-rio-grandense de Criadores) para convencer o Interventor Judicial da Usina São Francisco a reservar para os agropecuaristas o que resta da atual safra de cana de açúcar da empresa no Vale do Ceará-Mirim, ainda assim já se tem como certo o fato de que, dentro de bem poucos dias, não mais existirá no Rio Grande do Norte cana a ser colhida – nem bagaço de cana – que possam se usar como alimento volumoso para o gado faminto em decorrência da seca. 
- O Presidente da Anorc, Júnior Teixeira, acreditava que a Usina São Francisco ainda pudesse dispor de cerca de 5 mil toneladas de cana não colhidas, em condições de serem vendidas aos criadores. Mas foi informado de que esse total não passa de 4,2 mil toneladas, sendo que cerca de 90 por cento dos plantios já foram queimados, portanto não servindo mais para ser transformados em forragem. 
- De cana na palha a Usina só dispõe hoje de pouco mais de 200 toneladas, o que deve ser colhido em apenas um dia. A demanda levantada pela Anorc, somente entre seus associados, seria de 1.350 toneladas para as duas primeiras semanas de fevereiro. 
- Alguns proprietários de antigos engenhos entre os Municípios de Ceará-Mirim, Taipu, Pureza e Extremoz, que sempre mantiveram pequenos plantios de cana, este ano praticamente não forneceram o produto às agroindústrias, preferindo vendê-lo diretamente aos pecuaristas que pagaram mais por tonelada. No momento, são raros os canavieiros que ainda dispõem de reserva. 
- Admitindo-se que a estação das chuvas comece em março próximo no Agreste potiguar, o gado dessa região só voltará a dispor de pasto verde em meados de abril. Até lá, muitos produtores rurais já não sabem mais o que fazer para salvar o que resta dos seus rebanhos.
Fonte: O Jornal de Hoje (Coluna de Marcos Aurélio Sá)

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