segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

CHUVAS NO SEMIÁRIDO DA REGIÃO NORDESTE OCORRERÃO EM CATEGORIAS ABAIXO DO NORMAL, APONTA EMPARN

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) anunciou nesta sexta-feira (22/02/2013) que, de acordo com análise e previsão das condições oceânicas e atmosféricas durante o mês de janeiro, as chuvas no semiárido no Nordeste brasileiro ocorrerão numa intensidade abaixo do normal. A realidade apresentada se dá em função da previsão de que não haverá mudança significativa no campo da temperatura da superfície do Oceano Atlântico.
O diagnóstico da atividade pluviométrica do Estado – aplicado para os meses de março, abril e maio – foi resultado da IV Reunião de Análise Climática para a região Nordeste do Brasil, que ocorreu na sede da Emparn nos dias 21 e 22 do corrente mês. Com a participação de meteorologistas dos Centros Estaduais de Meteorologia, diversos órgãos Municipais, e presença da Governadora Rosalba Ciarlini, a reunião proporcionou análise das condições regionais e globais de pluviometria nos oceanos e da atmosfera.
De acordo com o Gerente do Setor de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bistrot, devido a grande variabilidade temporal de incidência de chuvas, algumas regiões podem receber mais chuvas do que outras. “A discussão remeteu a uma previsão de chuvas abaixo do normal, devido à condição do Oceano Atlântico se apresentar em um padrão não favorável de chuvas. No interior do Rio Grande do Norte, a média prevista é de 700 milímetros. Nós esperamos que neste ano esse valor não seja atingido em média, devido a grande variabilidade temporal, prevalecendo algumas áreas que poderão receber mais chuvas que outras”, afirmou Gilmar.
Segundo o meteorologista, a mudança climática no Atlântico Sul vem se mantendo um “roteiro traçado” há alguns meses. “Em alguns momentos poderá haver concentração de boas chuvas e em outros momentos uma espécie de pouca chuva, condicionando a ocorrência de granitos, que pode prejudicar o desenvolvimento da aquicultura”, disse Gilmar Bistrot. “Entretanto, as condições analisadas ainda são melhores do que tivemos no último ano”, avaliou.
“É quase impossível de existir uma mudança significativa, pois observamos que o Atlântico Sul vem mantendo um comportamento parecido nos últimos meses. A temperatura esquenta e esfria constantemente e a tendência é que continue se apresentando dessa forma, como um roteiro já traçado”, disse.
A análise e previsão das condições oceânicas e atmosféricas apontaram que no Oceano Pacífico Equatorial há condições de neutralidade em termo de Temperatura da Superfície do Mar (TSM). De acordo com a maioria dos modelos de previsão apresentados pelos especialistas, a indicação é de que persista o padrão de neutralidade na temperatura das águas nos próximos meses.
No Oceano Atlântico Tropical Norte e próximo à costa da África, ressalta-se a presença de anomalias positivas de Temperatura da Superfície do Mar, com valores variando em 0,5ºC. No setor Sul do Oceano Atlântico, as anomalias de TSM ficaram com padrão entre normal e um pouco abaixo da média.
“É importante ressaltar que, tanto na região semiárida nordestina como na faixa leste litorânea tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal nos índices pluviométricos. Com isso é de fundamental importância o acompanhamento das previsões de tempo de cada região e do monitoramento contínuo das condições oceânico-atmosféricas”, afirmou Gilmar. A próxima reunião de Análise Climática será realizada em Recife/PE, durante o mês de março.

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