segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

EXPEDIÇÃO DA FAERN EXIBE A TRISTE REALIDADE DO CAMPO

Seca. Para muitas pessoas essa palavra ecoa distante e sem força. Para outras ela é sinônimo de perdas e desesperança de um futuro. Para o grupo de Jornalistas convidados pela Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (FAERN) para participarem da Expedição Retratos da Seca (que movimentou o interior potiguar no último final de semana) essa palavra é o alerta para se mobilizar toda a sociedade e os governantes.
Na viagem, iniciada na manhã da sexta-feira (22/02) e finalizada na tarde do domingo (24/02), os repórteres, fotógrafos e cinegrafistas de vários veículos de comunicação do Estado puderam observar a triste realidade de produtores rurais e de toda uma cadeia econômica que definha através do gosto amargo da seca no campo potiguar. “Com a expedição, pretendemos mostrar aos jornalistas a real dimensão desse terrível problema. Uma realidade que muitos tentam esconder em números frios de estatísticas e que a cada dia abala mais e mais a nossa economia e a produção rural”, ressaltou o Presidente da Faern, José Álvares Vieira.
Para o Presidente da Federação da Agricultura, o setor vive um grave momento e as visitas da expedição somente confirmaram o que já era esperado. “Além do gado, que está morrendo de fome e sede, observamos o desalento na face de nossos produtores. Observamos o seu descrédito com o futuro. E essa é uma realidade que não podemos aceitar de braços cruzados e dormir como se nada tivesse acontecendo” comentou Vieira.
Campos da morte
Durante os três dias de viagem, a equipe de Jornalistas visitou diversas propriedades espalhadas pelas zonas rurais dos Municípios de Lajes, Santana do Matos, Assu, Apodi, Pau dos Ferros e Caicó. Nesses locais, conversaram com diversos produtores e ouviram os relatos sobre a seca considerada a pior dos últimos 50 anos.
Fotografaram e filmaram os verdadeiros campos da morte do gado potiguar. Cemitérios a céu aberto onde diversas carcaças de bois e vacas apodrecem e aguardam as bicadas de velozes urubus. “Uma imagem chocante e que exibiu para todos nós a fragilidade do homem do campo com essa seca”, destacou o Jornalista Roberto Lucena, do Jornal Tribuna do Norte.

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