sábado, 19 de junho de 2010

INGLATERRA JOGA MUITO MAL, TROPEÇA NA ARGÉLIA E FICA EM TERCEIRO NO GRUPO C

English Team não sai do zero em jogo sofrível e agora tem de bater a Eslovênia, na última rodada, para avançar as oitavas de final
Inglaterra e Argélia machucaram a Jabulani. A bola oficial da Copa do Mundo, que já anda apanhando feio de jogadores e técnicos, passou maus bocados nesta sexta-feira, no Green Point Stadium, na Cidade do Cabo. O jogo, válido pela segunda rodada do Grupo C, terminou num insosso 0 a 0.
Com esse resultado, os Estados Unidos, mesmo sem terem vencido nenhum jogo, seguem em segundo lugar, com dois pontos. Levam a melhor sobre o English Team, que também tem dois, porque marcaram mais gols (3 contra 1). Já a Argélia, que somou seu primeiro ponto no Mundial, é lanterna. A Eslovênia lidera com quatro. Na rodada final, os ingleses têm de derrotar os eslovenos para assegurar uma das vagas do grupo nas oitavas de final.
Jogo ruim desde o começo
Um primeiro tempo arrastado, chato, sonolento. Os torcedores que foram ao Green Point, nesta sexta-feira (ingleses eram maioria), só se levantaram de suas cadeiras na hora da execução dos hinos nacionais. No mais, tédio. A Inglaterra tentava tomar a iniciativa, mas esbarrava na boa marcação da Argélia, que alinhou três zagueiros: Bougherra, que colou em Rooney, Yahia, que vigiou Heskey de perto. Na sobra, Halliche limpava a área.
Sem criatividade, com Gerrard errando passes simples e Lampard tocando apenas de lado, os dois atacantes ficaram completamente isolados. A bola vinha mais pelo alto e a zaga argelina levou a vantagem na maioria das vezes. A equipe africana, por sua vez, tentava fazer um jogo esperto: na marcação, nove jogadores atrás da linha da bola. Quando retomavam a posse, se mandavam para frente, com Boudebouz aberto pela direita e Ziane, jogador mais perigoso do time no primeiro tempo, pela esquerda.
Principes ingleses William e Harry aplaudem antes do jogo. Durante... nada (Foto: Agência Reuters)
A única chance real de gol criada pelo English Team foi criada aos 32 minutos, justamente quando a equipe comandada pelo italiano Fabio Capello colocou a bola no chão e fez o jogo que seja se espera: Gerrard dominou no meio, abriu para Johnson, que cruzou para a área. A zaga afastou, mas Lampard ficou com a sobra. O meia do Chelsea bateu de esquerda e obrigou o goleiro M'Bolhi a espalmar.
Aliás, M'Bolhi substituiu Chaouchi, que falhou na estréia contra a Eslovênia, e não jogou nesta sexta por causa de uma lesão no joelho. Pelo lado inglês, também houve mudança no gol. Robert Green, que engoliu um enorme e indigesto peru na primeira rodada, diante dos Estados Unidos, ficou no banco. David 'Calamidade' James jogou e também andou dando uns sustos, fazendo jus ao apelido. O primeiro logo aos quatro minutos, quando a bola veio pelo alto, em cima dele. Em vez de encaixar, o que seria natural, ele esmurrou a bola e a mandou para cima, arrancando um “uhhhhh” do Green Point.

Lampard lamenta ter perdido uma das poucas chances inglesa no jogo (Foto: Getty Imagens)
Apesar do susto, James não teve muito trabalho. A Argélia também demorou a conseguir armar uma jogada. E mesmo assim, contando com a ajuda dos ingleses: aos 34, quando Barry perdeu a bola no meio de campo, Ziani foi lançado na esquerda. O rápido atacante cortou para o meio e chutou forte de direita. A bola passou à esquerda, com perigo.
Segunda etapa é igualmente ruim
Após observar a Inglaterra no primeiro tempo, a Argélia voltou do intervalo com uma certeza: o bicho não era tão feio. Assim, adiantou sua marcação, pressionou a saída de bola dos ingleses e tentou ameaçar logo na saída. Mas o problema é que faltou qualidade técnica na hora de se aproximar da área inglesa. Ziane e Boudebouz tentavam tabelas para se aproximar de Matmour, mas erravam passes.

Gerrard tenta se livrar da marcação do argelino Bougherra (Foto: Getty Imagens)
O time inglês continuava sonolento. Insistindo demais em jogadas pelo meio. Heskey, dentro da área, ficava desesperado porque nem os alas, nem Lennon, que deveria aparecer pela direita, não chegavam à linha de fundo. Muito menos a bola. Na única bola que recebeu em condições, aos 24, Heskey foi prensado na hora H pelo zagueiro Yahia.
Substituições de nada adiantam
O técnico Fabio Capello tentou arrumar isso colocando Shaun Wright-Phillips na vaga de Lennon. Só que, em seguida, tirou Heskey para colocar Defoe. Aí que a Inglaterra não chegou mesmo. Gerrard continuava apagado. Lampard, então, mal foi visto em campo. Com ambos apagados, o English Team apresentava um jogo abaixo da crítica. E Rooney? Ninguém sabe, ninguém viu.

Fábio Capello foi pura irritação (Foto: Getty Imagens)
A paciência dos 64.100 torcedores se esgotou aos 40 minutos, quando Gerrard tentou mandar uma bomba da intermediária e saiu apenas um tirinho fraco, rasteiro, para longe do gol. Ainda houve tempo para a entrada do grandalhão Crouch, que nada fez. O Green Point vaiou alto o time inglês. Um jogo para se esquecer.

Fonte: globo.com

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