sexta-feira, 18 de junho de 2010

ALEMANHA PAGA POR VACILOS INDIVIDUAIS E CAI DIANTE DA SÉRVIA NO GRUPO D

Podolski perde pênalti e Klose é expulso na derrota diante dos ex-iugoslavos
Sensação na primeira rodada da Copa do Mundo, a Alemanha acabou decepcionando sua torcida nesta sexta-feira ao ser derrotada por 1 a 0 pela Sérvia, na cidade de Porto Elizabeth, em duelo válido pelo Grupo D do torneio. Os germânicos controlaram o jogo, mas acabaram esbarrando em erros individuais de Klose e Podolski. O primeiro foi expulso de maneira boba ainda no primeiro tempo. O segundo desperdiçou um pênalti que, pelo menos, poderia ter empatado o confronto. Sem ter nada a ver com isso, os ex-iugoslavos se aproveitaram da vantagem numérica e conseguiram seus primeiros pontos na competição.
Na última rodada, dia 23, a Alemanha enfrenta Gana, que ainda joga pela segunda rodada diante da Austrália neste sábado. A seleção da Terra dos Cangurus, por sua vez, é adversária da Sérvia no encerramento da primeira fase.
Sérvia troca coragem por precaução
Apesar do discurso na véspera da partida ser de coragem e superação para encarar a Alemanha, a Sérvia entrou em campo com um formação bastante defensiva. O técnico Radomir Antic barrou o atacante Pantelic e, em vez de colocar outro atleta da posição, preferiu fechar o meio de campo com Ninkovic e deixou o gigante Zigic, de 2,02m, isolado na frente.
Veja a galeria de fotos do jogão em Porto Elizabeth
Pelo lado alemão, cuja torcida era maioria no estádio Nelson Mandela Bay, Löw seguiu a máxima de que “em time que está ganhando não se mexe” e manteve a escalação da estréia diante da Austrália (triunfo por 4 a 0).
Alemanha impõe seu ritmo
E, logo aos dois minutos, os germânicos tiveram a primeira boa oportunidade. Após bela tabelinha com Lahm, o volante Khedira – substituto da estrela Michael Ballack (cortado da Copa por conta de uma lesão no tornozelo direito) - apareceu de surpresa na grande área, mas acabou chutando sobre a meta de Stojkovic. Stankovic, da Sérvia, e Schweinsteiger, da Alemanha, dividem uma bola (Foto: AFP)
Impondo seu ritmo de jogo, o time de Löw obteve nova chance de abrir o placar. Após cruzamento de Lahm, a bola sobrou na entrada da área para Podolski. O camisa 10 alemão pegou de bate pronto e tirou tinta da trave sérvia.
Os ex-iugoslavos, encontrando dificuldades para ir à frente – a marcação alemã era forte e até Klose ajudava no combate -, se limitavam a buscar jogadas aéreas com o grandalhão Zigic ou “tumultuar” o meio de campo com muitos jogadores.
Klose vacila, é expulso e sai vaiado
Com o passar os minutos, a Alemanha diminuiu um pouco o ritmo, mas continuava com posse de bola maior. Aos 30, Klose balançou as redes após belo passe de Schweinsteiger. No entanto, o lance já tinha sido anulado e o artilheiro alemão, que estava impedido, só continuou a jogada por não ter conseguido escutar o apito do árbitro espanhol Alberto Undiano devido ao barulho das vuvuzelas.
Aos 36, Klose voltou a ser o centro das atenções. Na tentativa de ajudar a marcação – fato que foi exaltado pelo técnico Joachim Löw -. o atacante acabou fazendo falta feia em Stankovic. Como já tinha cartão por uma falta infantil no início da partida, acabou levando o segundo e foi merecidamente expulso. A torcida não perdoou o vacilo do camisa 11 e o vaiou.
Sérvia aproveita vantagem numérica
Para piorar o drama alemão, a Sérvia soube aproveitar rapidamente o fato do adversário estar com um homem a menos e, na primeira chegada com perigo ao ataque, acabou inaugurando o marcador, aos 38. Em jogada manjada, Krasic foi à linha de fundo e cruzou para Zigic. O alto atacante escorou para o meio e Jovanovic, sozinho na pequena área, fuzilou Neuer. Na comemoração, o meia que defende o Standard de Líege-BEL correu em direção a sua torcida, pulou no fosso que separa o gramado da arquibancada e fez a festa. Jovanovic chuta para fazer o gol da Sérvia na partida (Foto: Reuters)
O gol sofrido e a expulsão de Klose, entretanto, não abalaram os alemães que quase empataram aos 45 numa verdadeira blitz. Primeiro, Khedira carimbou o travessão, na seqüência, Müller, de bicicleta, só não igualou porque Kolarov salvou em cima de linha.
Para o segundo tempo, Löw preferir não fazer alterações e empurrou o jovem Müller mais para a frente. E, mesmo com dez, a Alemanha se manteve no controle das ações, enquanto a Sérvia jogava recuada e buscando contra-ataques com Krasic.
Aos oito, Schweinsteiger criou a primeira boa oportunidade da etapa final ao arrematar de fora da área. O forte e colocado chute foi defendido parcialmente por Stojkovic. No rebote, Khedira foi tentar um voleio, mas acabou mesmo acertando um chute de kung fu na cabeça de Kolarov. O árbitro ignorou o lance. Por sinal, Alberto Undiano era vítima de constantes vaias dos torcedores que, a todo instante, pediam cartões aos sérvios por entradas mais duras.
Podolski desperdiça pênalti
Melhor na partida, os germânicos não paravam de produzir ótimas ocasiões de gol. Em um espaço de menos de dois minutos, Podolski soltou duas bombas de perna esquerda que só não entraram por muita sorte sérvia.
E se os ex-iugoslavos estavam com sorte, o mesmo não se pode dizer do camisa 10 que, ainda sendo o homem que mais chutava a gol, acabou desperdiçando a grande chance de empate. Aos 14, após cruzamento da esquerda, o zagueiro Vidic colocou infantilmente a mão na bola. Pênalti. Na cobrança, Podolski bateu com displicência e permitiu a fácil defesa de Stojkovic.
Aos 21, a Sérvia quase ampliou com Jovanovic, que acertou o poste direito de Neuer. Minutos mais tarde, foi a vez de Zigic cabecear e acertar novamente o travessão do arqueiro que atua no Schalke 04.
Cacau entra, mas não resolve
De olho pelo menos no empate, Löw resolveu colocar o time mais à frente: colocou o teuto-brasileiro Cacau na vaga do meia Özil e o jovem e rápido Marin no lugar de Müller. Aos 31, sacou o lateral Badstuber e pôs o centroavante Mario Gomez.
As substituições não surtiram o efeito desejado e, para piorar, ainda abriram espaços na defesa, proporcionando que a Sérvia chegasse com perigo ao ataque mesmo sem muito esforço. Nos minutos finais, a Alemanha tentou pressionar, mas em vão. Triunfo dos “guerreiros” (apelidado dado pelo técnico germânico) sérvios em Porto Elizabeth.
Fonte: globo.com

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