“Renan,
não sobra ninguém, Renan! Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito.
Governador, nenhum”. A frase, dita pelo ex-Presidente da Transpetro, Sérgio
Machado em uma conversa gravada com o Presidente do Senado, Renan Calheiros,
pode até ser exagero. Mas poderia muito bem representar a percepção do
brasileiro em relação ao sistema político atual. O que até pouco tempo parecia
se concentrar mais no PT, se esparramou para as principais legendas.
Conforme
as investigações da Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, avançam e se
aproximam da casta política dos partidos tradicionais, que sempre pareceu intocável.
A sensação é de que o sistema político brasileiro parece estar à beira de um
colapso e, com seus principais nomes sob suspeita, enfrenta danos cada vez
maiores a suas imagens. E a pergunta que fica é: os partidos conseguirão
sobreviver a isso?
Só nas
últimas semanas, as gravações feitas por Machado, um ex-aliado do PMDB e do
PSDB que se tornou delator na Lava Jato, comprometeram ainda mais não só
Calheiros, mas Romero Jucá, Presidente Nacional do PMDB, que acabou afastado do
cargo de Ministro, e Aécio Neves, Presidente Nacional do PSDB, que nesta
quinta-feira foi alvo de um novo pedido de investigação feito pelo Procurador-Geral
da República, Rodrigo Janot. Além deles, o principal nome do PT, Luiz Inácio
Lula da Silva, também já é investigado, assim como outro peemedebista de peso,
Eduardo Cunha, que se tornou réu na operação e acabou afastado da Presidência
da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal.
Blog do Robson Pires
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