O Presidente
da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PMDB), eximiu o Governador
Robinson Faria (PSD) de ação direta ou mesmo de ingerência política na sua
eleição para a Presidência do Poder Legislativo. Amigo de Robinson há quase
três décadas, mas adversário do pessedista na campanha eleitoral, o novo Presidente
da Assembleia disse que Robinson poderia ter simpatia ou mesmo torcida a favor
de sua candidatura, mas não atuou para que os Deputados mudassem o voto em
favor dele.
“Não
houve nenhuma ação direta do Governador Robinson Faria. Acredito até que
Robinson poderia ter torcido (por minha candidatura) como cidadão. Sou amigo do
Governador há 27 anos e sabemos separar política de amizade. Na campanha
eleitoral eu defendia Henrique Alves (candidato do PMDB), mas nunca denegri nem
maculei a imagem do meu amigo Robinson. Acredito, portanto, que eu teria a
simpatia e a torcida do Governador, mas não a ingerência para que Deputados
mudassem o voto e viessem me apoiar”, afirmou Ezequiel, em entrevista a 96 FM.
As
palavras de Ezequiel corroboram a tese, predominante nos bastidores, de que
Robinson permaneceu totalmente neutro no episódio. E que o rompimento de José
Dias (PSD), então provável líder do governo na Assembleia, se deveu mais a
pressões exercidas pelo grupo de Ricardo Motta, por José Dias ter sido suposto
avalista de apoio de Robinson a Ricardo.
No
final da manhã desta segunda-feira (02/02/2015), Ezequiel foi eleito Presidente
da Assembleia, por unanimidade – 24 votos -, em chapa única, após a desistência
de Motta. Se houvesse disputa, Ezequiel venceria, com 15 votos, contra nove de
Ricardo. Por isso o ex-Presidente desistiu de concorrer, pacificando a Casa em
torno de Ezequiel.
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