quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

EX-DEPUTADO É CONDENADO A 103 ANOS DE PRISÃO POR CHACINA QUE VITIMOU DEPUTADA FEDERAL

Talvane Albuquerque (esq.) é um dos condenados pela morte da Deputada Federal Ceci Cunha (dir.)
Depois de 13 anos de espera e três dias de julgamento, o júri popular decidiu, na madrugada desta quinta-feira (19/01/2012), condenar o Ex-Deputado Federal por Alagoas, Pedro Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, 55 anos, e os outros quatro acusados da “chacina da Gruta”, ocorrida no dia 16 de dezembro de 1998, em Maceió.
O crime vitimou a Deputada Federal Ceci Cunha e mais três pessoas que estavam com ela na varanda da casa de sua irmã, no bairro nobre da Gruta de Lourdes, em Maceió (AL).
A sentença só foi lida pelo Juiz André Tobias Granja a partir das 05h05m (horário de Brasília) e levou mais 02h30m para sua conclusão. O Ex-Deputado, então filiado ao PTN e suplente de Ceci, foi condenado à prisão pela autoria intelectual dos quatro assassinatos, com agravante de se tratar de motivo torpe – para conquistar um mandato na Câmara – e sem possibilidade de defesa para as vítimas. A pena estabelecida ao ex-parlamentar pela Justiça foi de 103 anos e quatro meses.
“A ação do condenado (Talvane Albuquerque) foi mais perniciosa que os demais acusados. Ele que organizou telefones e carro para fuga, o que mostra uma premeditação somente vista com quem tem o dolo. (O crime) revela a deficiência de valores éticos e sociais”, afirmou o magistrado, em trecho da sentença.
Os quatro acusados de autoria material do crime também foram condenados pelo júri. Jadielson Barbosa da Silva e José Alexandre dos Santos, conhecido com “Zé Piaba”, pegaram penas de 105 anos cada um. Alécio César Alves foi condenado a 87 anos e três meses de prisão e Mendonça Medeiros da Silva teve a pena mais leve: 75 anos e sete meses.
Os quatro condenados, que são Assessores do Ex-Deputado, foram condenados pela autoria material da chacina, com agravantes de se tratar de motivo torpe – em troca de recompensa – e sem possibilidade de defesa para as vítimas.
Fonte: Uol

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