Dilma
Rousseff se esforça há semanas para atingir dois objetivos estratégicos: não
cair e passar a impressão de que comanda. De volta das férias, os Deputados que
supostamente apoiam o governo apertaram o botão de ‘dane-se’. Sonegaram à Presidente
até a ilusão de que preside. Menos de 24 horas depois de ouvir um apelo de
Dilma para que desarmassem os projetos-bomba, os partidos governistas acenderam
um pavio no Plenário da Câmara.
Uniram-se
à oposição para rejeitar requerimento que retirava da pauta uma proposta que
vincula aos contracheques dos Ministros do STF os salários de várias
categorias: Advogados da União, Delegados Federais e Civis, Auditores Fiscais, Procuradores
Estaduais e de Capitais… Uma farra. O pedido que resultaria no adiamento da
encrenca foi rejeitado por 278 votos a 179. Se não houver um acordo que
restabeleça a racionalidade, a bomba irá a voto nesta quarta-feira.
O mapa
da votação do pedido de adiamento, disponível aqui, revela que Dilma foi traída
por Deputados dos principais partidos ditos governistas. O PDT, legenda que controla
o Ministério do Trabalho, ostenta o maior índice de infidelidade: 92,8%. Dos 14
Deputados da legenda presentes à sessão 13 disseram “não à retirada da bomba da
pauta.
Por Josias
de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário