Em uma semana em que a Presidente Dilma ganhou um
“pouco de fôlego” no campo institucional, a piora do cenário econômico e os
riscos de ela agravar a crise política viraram a maior preocupação das
conversas reservadas no Palácio do Planalto. Um Assessor Presidencial disse à
Folha que o governo precisa “reverter urgentemente” as expectativas negativas
da economia para “evitar o pior”: o aprofundamento da recessão no País.
Segundo a Folha, o governo conseguiu melhorar o
quadro de instabilidade institucional, mas precisa evitar que uma deterioração
econômica gere a imagem de que o Planalto perdeu a capacidade de comandar o País.
Segundo ele, se isto ocorrer, a oposição vai
explorar este cenário politicamente para desgastar Dilma e tentar forçar a
abertura de um processo de impeachment. Outro Assessor reconhece que o
sentimento, ultimamente, é o de que “todo dia é de notícia ruim” para o governo
na área econômica.
Enquanto a semana começou com a avaliação de que os
protestos do último domingo (16/08) não foram “gigantescas”, dando tempo ao
governo para negociar a Agenda Brasil articulada com o PMDB do Senado, na
economia analistas passaram a prever dois anos seguidos de recessão.
Oficialmente, o governo diz acreditar que o País não seguirá em retração em
2016, mas reservadamente admite que a “atual desaceleração é muito forte” e há
o risco de ela se manter no próximo ano.
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