A Presidente
Dilma Rousseff recebeu nesta quinta-feira (13/08) um grupo de seis Senadores
independentes, que entregaram a ela uma carta de sugestões para a superação da
crise vivida pelo País. Participaram do encontro os Senadores Cristovam Buarque
(PDT-DF), Lasier Martins (PDT-RS), Lídice da Mata (PSB-BA), Acir Gurgacz (PDT-RO), João Capiberibe (PSB-PB) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Segundo
o Senador Cristovam Buarque, a carta contém sugestões para a parte política e
propõe o reconhecimento de erros do governo. “Ela reconhecer que a crise que
nós atravessamos decorre de dois tipos de equívocos – na política econômica e
na condução da campanha. Mesmo que se possa dizer que esses equívocos se
justificavam na época, como ela mesma disse que ninguém sabia o que ia
acontecer com o preço do petróleo e com o preço da soja, mesmo assim tem que
reconhecer que houve medidas que provocaram essa crise.”
Na
parte política, os Senadores também propuseram que a Presidente procure superar
a dificuldade de relação com os partidos. “Outra sugestão que nós fizemos é que
ela assuma-se como do partido do Brasil e não mais como do PT, do PDT ou do
PMDB. E que em função disso procure construir uma base de apoio que transcenda
essas siglas. Acho que isso é uma coisa importante de ela fazer neste momento –
assumir uma posição suprapartidária”, disse o Senador.
Cristovam
também disse que a Presidente se mostrou simpática à idéia de ir ao Senado para
“falar ao Brasil”, desde que isso seja “bem costurado” para evitar que ela
passe constrangimentos diante dos Senadores. No entanto, ele admitiu que a idéia
do encontro partiu dos próprios Senadores e disse não saber se a Presidente
está interessada em atrair mais parlamentares para sua base de apoio.
“Ela
querer retomar a relação com a base aliada eu não sei, porque a iniciativa foi
nossa. Essa ida ao Palácio do Planalto foi iniciativa nossa, desse grupo. Eu
manifestei de público aqui na tribuna que estava disposto a falar. Então não
sei se ela está querendo atrair, porque a iniciativa foi nossa”, disse
Cristovam Buarque.
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