No auge
da pior crise de seus quatro anos e meio de governo, a Presidente Dilma
Rousseff desafiou os que defendem sua saída prematura do Palácio do Planalto a
tentar tirá-la da cadeira e a provar que ela algum dia “pegou um tostão” de
dinheiro sujo.
“Eu não
vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política”, disse a Presidente
nesta segunda-feira (06/07), durante entrevista exclusiva à Folha, a primeira
desde que adversários voltaram a defender abertamente seu afastamento do cargo.
Apesar
do cerco político que parece se fechar a cada dia, Dilma chamou os opositores
para a briga. “Não tem base para eu cair, e venha tentar. Se tem uma coisa que
não tenho medo é disso”, afirmou a Presidente, acusando setores da oposição de
serem “um tanto golpistas”.
Com
dedo indicador direito erguido, foi mais enfática: “Não me atemorizam”. A Presidente
tirou o PMDB da lista de forças políticas que tentam derrubá-la. “O PMDB é
ótimo”, disse Dilma, esquivando-se de responder sobre o flerte de figuras do
partido com a tese do impeachment.
Dilma
descartou a hipótese de renúncia e comentou o boato disseminado na internet, e
prontamente desmentido por ela, de que havia tentado se matar. “Eu não quis me
suicidar na hora que eles estavam querendo me matar lá (na cadeia, durante a
ditadura militar), a troco de que eu quero me suicidar agora?”
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