A maioria
dos torcedores pelo menos imagina que há mais critérios para a convocação de
atletas à Seleção Brasileira do que simplesmente seu desempenho dentro de
campo. Destaque internacional dos jogadores, marketing e outras variáveis fazem
parte da realidade do futebol. Mas, neste sábado (16/05), foram revelados
contratos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com empresas que podem
penalizar financeiramente a entidade caso os nomes de maior destaque, como
Neymar, não sejam chamados para amistosos do time canarinho.
Conforme
informou o Jornal O Estado de São Paulo, a CBF tem vínculos com as
empresas International Sports Events (ISE) e Pitch International,
que pagam à entidade para organizar amistosos da Seleção, mas, como
contrapartida, exigem que as convocações sejam enviadas a elas com 15 dias de
antecedência. Caso os atletas do “Time A” (com mais apelo de marketing, condições
técnicas e reputação) não estejam na relação e sua ausência não seja
justificada por laudo médico, os grupos podem multar a Confederação em 50% da
cota paga por amistoso, cujo valor total é de aproximadamente R$ 3,1 milhões.
Mesmo
em caso de contusão de alguma das principais peças do grupo verde e amarelo, a
CBF é obrigada, por contrato, a substituí-lo por algum atleta de nível similar
nos critérios descritos acima. O contrato com a ISE, que contém as
cláusulas citadas, tem duração estipulada até 2022, com prioridade de renovação
de 90 dias. Sendo assim, os amistosos de preparação para as Copas do Mundo de
2018, na Rússia, e de 2022, no Catar, também serão explorados pelo
grupo. O Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, saiu em defesa do vínculo
firmado em 2006, na administração de Ricardo Teixeira, que precedeu seu
antecessor, José Maria Marin. Para o dirigente, o acordo evita que a entidade
máxima do futebol brasileiro tenha prejuízo em amistosos com públicos baixos e
garante que tais partidas sejam garantia de receita.
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