Qualquer
cidadão precisa trabalhar 30 ou 35 anos para se aposentar. Os políticos
brasileiros, porém, não são cidadãos comuns e asseguram pensão especial com
muito menos tempo. Para eles, não há nem fator previdenciário. No Congresso Nacional,
cerca de 250 Deputados e Senadores (veja lista abaixo) conseguiram a
aposentadoria a partir de oito anos de contribuição. A despesa é paga pelo
contribuinte.
A
Revista Congresso em Foco teve acesso à folha de pagamento dos aposentados e
pensionistas do extinto Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), ainda
pagos pela Câmara. No Senado, os valores estão registrados no Portal de
Transparência, mas os pagamentos precisam ser acessados um a um. Extinto em
1999, o IPC continua a sangrar os cofres públicos. Tinha enorme rombo quando
foi liquidado. Como é costume no Brasil, a conta foi apresentada à “viúva”, à
União. Como um zumbi, o instituto já consumiu R$ 2 bilhões – em valores
atualizados – nos últimos 16 anos.
Confira os políticos
potiguares na lista:
Pedro Lucena (Deputado Federal 1971-1975/1975-1979/1979-1983): R$ 33.763,07
Ney Lopes (Deputado Federal 1975-1979/1987-1991/1991-1995/1995-1999/1999-2003/2003-2007): R$ 15.362,19
Wanderley Mariz (Deputado Federal 1975-1979/1979-1983/1983-197): R$ 13.167,60
Antônio Câmara (Deputado Federal 1983-1987/1987-1991): R$ 12.070,29
José de Souza Martins
Filho (Senador 1980/1987): R$ 10.972,99
Lavoisier Maia (Senador 1987/1995): R$ 8.778,39
Laíre Rosado (Deputado Federal 1991-1995/1995-1999/1999-2003): R$
8.778,39
enquanto isso o povo apodrece nos corredores dos hospitais.
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