O Ministro Teori Zavascki, Relator da Operação Lava
Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo bancário e
fiscal do Senador Fernando Collor (PTB-AL), no período de 1º de janeiro de 2011
a 1º de abril de 2014, conforme solicitado pela Procuradoria-Geral da República
(PGR). O pedido foi realizado no último dia 07/05 pelos Investigadores e
deferido na última quinta-feira (15/05). O caso tramita em segredo de justiça
na Corte.
O Senador é um dos 50 investigados perante o STF
por suposto envolvimento no escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras,
deflagrado pela Lava Jato. A quebra de sigilo foi solicitada pelos Procuradores
para checar eventuais depósitos mencionados pelos delatores da Lava Jato.
Além de Collor, Zavascki autorizou quebra de sigilo
bancário de outras pessoas, entre elas Pedro Paulo Leoni, um dos supostos
operadores do esquema. O Ministro também autorizou a quebra de sigilo bancário
de empresas. O doleiro Alberto Youssef disse durante processo de delação
premiada que fez “vários depósitos” a Collor, além de ter autorizado entregas
de dinheiro em espécie ao Senador. Durante busca e apreensão no escritório de
Youssef, investigadores encontraram depósitos bancários em nome do parlamentar,
que somam R$ 50 mil, entre os dias 02 e 05 de maio de 2013.
Na semana passada, após o pedido de quebra de
sigilo, Collor protocolou quatro representações contra o Procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot, questionando decisões e alegando “crimes de
responsabilidade”. Nos pedidos, o parlamentar pede que a Mesa Diretora do
Senado forme uma comissão para analisar o caso e emitir um parecer. A decisão
final cabe ao Plenário da Casa e poderia se transformar em um processo de
impeachment do Procurador-Geral.
Portal Noar
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