Autor de 60 livros editados no Brasil e no
exterior, entre eles o “Mosca Azul”, que faz uma análise dos primeiros anos do
governo Lula, e “Batismo de Sangue”, sobre a ditadura militar e o qual lhe
garantiu o Prêmio Jabuti em 1982, Frei Betto é amigo do ex-Presidente Lula (PT)
há mais de 30 anos e foi Assessor Especial durante seu mandato, quando
coordenava o programa Fome Zero. Quando o projeto foi descontinuado, Frei Betto
ficou desanimado e deixou o governo. “Hoje sou um feliz indivíduo não
governamental”, diz ele. Combatente da ditadura militar e a favor da luta
armada contra o regime, o dominicano ficou preso durante quatro anos, entre
1969 e 1973.
Na sua luta pela democracia, Frei Betto foi um dos
maiores entusiastas da criação do PT. Espalhou Comunidades Eclesiais de Base
por todo o País estimulando a participação política dos católicos.
Hoje, está
desiludido com o partido. Frei Betto recebeu a reportagem da ISTOÉ na
sexta-feira (09/01/2015), no Convento Santo Alberto Magno, em Perdizes, onde
mora. Frade Dominicano e adepto da Teologia da Libertação, Frei Betto falou
sobre o novo Ministério de Dilma e o classificou como “um coral desafinado”.
Ele também fez uma análise dos 12 anos do governo do PT e relatou as suas
decepções com o partido. “O PT tinha um projeto que se baseava em três pilares:
ser o partido dos mais pobres, ser o partido da ética na política e ser o
partido das reformas estruturais que conduziriam o Brasil a uma sociedade
socialista. Os três pilares foram abandonados”, lamentou.
Jornal de Hoje.
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