O ex-Presidente
Cubano Fidel Castro afirmou na noite desta segunda-feira
(26/01/2015) que não confia nos Estados Unidos, mas não rechaçou a retomada das
relações anunciada por seu irmão e sucessor Raúl Castro e pelo Presidente
Barack Obama, quebrando o silêncio sobre o histórico degelo entre os dois Países.
O líder cubano, no entanto, sinalizou que não teve nenhum diálogo com
Washington.
"Não
confio na política dos Estados Unidos, nem troquei uma palavra com eles, sem
que isso não signifique uma rejeição a uma solução pacífica dos
conflitos", disse Fidel em carta dirigida à Federação Estudantil
Universitária e lida na TV cubana.
O Líder
da revolução cubana, de 88 anos, não criticou o acordo anunciado pelo irmão
Raul e por Obama, no dia 17 de dezembro, em que ambos Países restabeleceram
suas relações, após meio século de rompimento.
"O
Presidente de Cuba tem dado passos pertinentes de acordo com suas prerrogativas
e com as faculdades que a Assembléia Nacional e o Partido Comunista de Cuba
concebem a ele. Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos
do mundo e, entre eles, e os dos nossos adversários políticos. Isto é o que
estamos pedindo a todos", completou Fidel.
O
silêncio de Fidel Castro sobre o acordo firmado entre Cuba e EUA havia
aumentados os boatos sobre a sua morte e estado de saúde no começo do mês, até
que o ex-jogador argentino Diogo Maradona, anunciou há duas semanas ter
recebido uma carta do ex-Presidente. (O Globo)
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