Três variedades de cana-de-açúcar criadas especialmente para o Cerrado brasileiro foram apresentadas nesta quarta-feira (05/12) durante o Cana Show, evento realizado em São Paulo pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Em sua oitava edição, o encontro apresentou a série CTC9000, que contém os tipos CTC9001, CTC9002 e CTC9003.
Um dos grande destaques das novas cultivares é a produtividade. A CTC9001, por exemplo, apresentou 29% a mais de pol (sacarose por peso) por hectare dos que as duas variedades mais presentes no mercado. Além disso, ela possui período útil de industrialização longo.
Já a CTC9002, que pode ser cultivada em solos mais restritivos, é adequada à seca e mostrou uma produtividade 25% maior de pol por hectare do que os outros tipos mais populares. Como a CTC9001, também é adequada ao plantio mecanizado.
A CTC2003 não florece e é precoce. Seu período útil de industrialização é longo e possui índice de pol 18% maior do que outras disponíveis no mercado. As três variedades são adequadas ao plantio mecanizado.
A busca por elevação de produtividade da cana para o etanol é um dos maiores desafios do setor. Segundo o presidente do CTC, Gustavo Teixeira Leite, a concorrência do milho e da beterraba vem se fortalecendo ao longo dos anos. “Hoje, a cana está 15 anos atrás do milho em todos os sentidos, em manejo agrícola, produtividade. Tem muita coisa que a gente precisa melhorar nesse sentido”, disse.
Por isso, a empresa tem investido em um novo programa de melhoramento genético, que consiste em um avanço no setor. Nele, o tempo e o custo para desenvolver uma variedade estão sendo reduzidos pela metade.
Para isso, a equipe do CTC está realizando algumas etapas do processo paralelamente. Então, hoje, o desenvolvimento de um tipo que durava cerca de 15 anos e tinha custo médio de R$ 150 milhões está sendo feito em oito anos e com cerca de R$ 75 milhões.
Fonte: Revista Globo Rural Online
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