Da Revista Exame
Um novo estudo descobriu que o consumo de ácidos graxos ômega 3, provenientes de peixes, está associado à redução do risco de contrair um tipo de pólipo de cólon, pequena protuberância que cresce em cavidades revestidas por mucosas – mas apenas nas mulheres.
Estudos animais sugeriram que os ácidos graxos ômega 3 podem ter ação anticancerígena, mas os resultados de estudos epidemiológicos humanos foram inconclusivos. Para esse estudo de caso-controle, os pesquisadores recrutaram 5.307 pacientes de colonoscopia – 60% do sexo masculino – de dois hospitais do estado americano do Tennessee, durante um período de sete anos, com término em abril de 2010. A análise foi publicada no site do The American Journal of Clinical Nutrition.
Eles descobriram que 2.141 participantes tinham pólipos, permanecendo com um grupo de controle de 3.166 pessoas sem pólipos. Todos os pacientes foram entrevistados sobre a dieta utilizada, os hábitos de saúde e seu histórico médico.
Após levar em conta idade, raça, índice de massa corporal, tabagismo e outros fatores, os pesquisadores descobriram que as mulheres cujo consumo de ômega 3 estava no quintil mais elevado – que consumiam três ou mais porções de peixe por semana – estavam 33% menos propensas a ter pólipos adenomatosos – tipo passível de se tornar canceroso – do que as mulheres cujo consumo estava no quintil mais baixo.
Os pesquisadores não descobriram efeitos nos homens e o consumo de ômega 3 não teve efeito sobre os pólipos hiperplásicos, mais passíveis de serem benignos. “Essas são mais evidências que sugerem que o ômega 3 é benéfico e pode exercer ação anti-inflamatória, que ajuda a reduzir o risco de câncer”, afirmou Harvey J. Murff, principal autor do estudo e Professor Adjunto de Medicina da Universidade.
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