Fumar
acelera o processo de envelhecimento do cérebro e pode piorar a capacidade para
tomar decisões e resolver problemas, segundo um estudo publicado nesta
quarta-feira (18/11) na Revista “Molecular Psychiatry”. Pesquisadores da
Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, analisaram dados de ressonâncias
magnéticas de 504 homens e mulheres de uma idade média de 73 anos, metade dos
quais eram fumantes ou ex-fumantes.
A
análise desses exames mostra como a crosta cerebral dos fumantes perdeu parte
de sua grossura a um ritmo maior que naquelas pessoas que evitaram o tabaco
durante toda sua vida. A área danificada é uma região do cérebro ligada a
funções básicas da mente humana como a memória, a atenção, a linguagem e a
consciência.
O
estudo sugere que deixar de fumar poderia permitir à crosta cerebral recuperar
parte de seu tamanho original, apesar de serem necessários “mais estudos para
comprovar”, advertiu Ian Deary, autor principal da pesquisa. Os participantes
do estudo que tinham deixado de fumar antes apresentavam uma crosta cerebral
mais grossa que aqueles que tinham abandonado o hábito há pouco tempo ou que
continuavam fumando, o que sugere que o córtex pode se regenerar.
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