Depoimentos
ligando a campanha da Presidente Dilma Rousseff de 2014 ao esquema de corrupção
na Petrobras, por si só, podem não ser determinantes para cassar o mandato da
petista, avaliam Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dois Ministros
da Corte ouvidos reservadamente pelo Jornal “O Estado de São Paulo” consideram
que falas de delatores da Operação Lava Jato podem ajudar as investigações
eleitorais, mas são exigidas outras formas de prova para ligar a Presidente ao
escândalo.
Para
integrantes do Tribunal, os depoimentos de delatores devem ser confrontados com
provas documentais e falas de outras testemunhas para checar a veracidade das
revelações. É preciso ter uma conjunção de provas – e não um só depoimento –
para caracterizar o abuso de poder político e econômico e captação de recursos
de forma ilícita na campanha de 2014.
O
doleiro Alberto Youssef e o ex-Diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foram
ouvidos em junho em uma das ações que investigam a campanha da Presidente e do Vice-Presidente
Michel Temer (PMDB) de 2014. A maior expectativa recai, contudo, nas revelações
que podem ser feitas pelo empreiteiro Ricardo Pessoa em depoimento marcado para
o próximo dia 14.
Estadão
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