Após o anúncio do aumento no preço dos
combustíveis, do pacote de ajuste fiscal e da sucessão de denúncias envolvendo
a Petrobras, o Palácio do Planalto já esperava que a popularidade da Presidente
Dilma Rousseff fosse cair. A dimensão da queda, porém, surpreendeu até os
auxiliares mais pessimistas.
A queda de 19 pontos na avaliação positiva do
governo segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (07/02/2015), é
reconhecida como “muito ruim”. Para revertê-la, a aposta é criar uma agenda
positiva o quanto antes. No curto prazo, a ideia é explorar os programas
sociais voltados para a classe média, com os lançamentos do Mais Especialidades
e da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida.
Para o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), o
governo precisa deixar claro que não será o trabalhador quem vai pagar a conta
do ajuste fiscal. Para ele, parte da queda de popularidade da Presidente pode
ser atribuída à mobilização das centrais sindicais contra as mudanças no
seguro-desemprego, o que teria gerado descontentamento quem costuma apoiar o
PT.
Entre os oposicionistas, foi consenso creditar a
queda no índice de aprovação de Dilma ao que se tem chamado de “estelionato
eleitoral”. “A Presidente colhe hoje os resultados das mentiras sucessivas que
lançou ao País e que conduziram a sua campanha eleitoral. O Brasil real aflora
a cada dia e não há marketing ou propaganda capaz de esconder a grave realidade
enfrentada pelos brasileiros”, disse em nota o Presidente do PSDB e candidato
derrotado ao Planalto, Senador Aécio Neves (MG). “Isso é decorrência do
estelionato eleitoral. As pessoas se sentem ludibriadas”, afirmou o Presidente
do DEM, Senador Agripino Maia (RN).
Portal NoAr
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