Muitos não consideram um hábito perigoso, mas beber socialmente pode ser uma armadilha para o cérebro. Mesmo os que não abusam do álcool correm risco de sofrer danos neurais, de acordo com um estudo da Universidade de Rutgers, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Em um experimento com ratos, níveis de etanol correspondentes aos considerados seguros em humanos diminuíram significativamente a produção de novas células no hipocampo, uma região importante para a formação de memórias e outras informações complexas. As autoras da pesquisa sugerem que, dependendo da frequência com que se tomam poucas doses de bebida alcoólica, os efeitos a longo prazo podem ser tão devastadores quanto aqueles provocados pelo hábito de beber em binge - consumir quantidades excessivas em um único dia.
Nos últimos anos, a atenção dos pesquisadores que investigam a ação de drogas lícitas e ilícitas tem se voltado para esse comportamento, que já foi relacionado a problemas sociais, como aumento da violência doméstica, e físicos. Considera-se beber em binge a ingestão de cinco ou mais doses de álcool para homens e quatro ou mais no caso de mulheres, em uma mesma ocasião. É o hábito, por exemplo, de não ingerir bebidas alcoólicas durante a semana, mas se embriagar no sábado. Diversas pesquisas demonstram que os danos causados por esse hábito ao cérebro são inúmeros, com um declínio acelerado na produção de neurônios.
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