Fonte: globo.com
O resultado no estádio Nelson Mandela Bay estica a fama do polvo Paul, que segue com aproveitamento de 100% nos palpites. Para a final deste domingo, às 15h30m, o molusco apostou na Espanha para bater a Holanda e se tornar a oitava campeã na história dos Mundiais.
O titulo não veio, mas os alemães festejaram muito o terceiro lugar neste sábado (Foto: Agência AFP)
O meia Müller, que voltou de suspensão e acabou sendo eleito o melhor da partida, abriu o placar para os alemães. Cavani e Forlán viraram para o Uruguai, Jansen empatou de novo, e coube ao volante Khedira fazer o gol da vitória. O goleiro uruguaio Muslera, herói nas quartas de final contra Gana, falhou duas vezes. Forlán teve a chance de empatar o jogo no último lance e forçar o tempo extra, mas cobrou uma falta no travessão e, logo em seguida, ouviu o apito final do juiz. A partida terminou, e Klose, de agasalho, não saiu do banco. Sentindo dores nas costas, o atacante não entrou e manteve seus 14 gols em Copas, um a menos que o recorde de Ronaldo Fenômeno.
Klose: sentindo dor nas costas, ele não entrou em campo e ficou sem o recorde (Foto: Getty Imagens)
O jogo
Noite de sábado caindo, aquela chuvinha antes do jogo, disputa de terceiro lugar... apesar do cenário favorável para um jogo de compadres, a pinta de amistoso foi por terra logo aos cinco minutos, quando o alemão Aogo apresentou as travas da sua chuteira à canela de Perez. Cartão amarelo para abrir os trabalhos.
No lance seguinte, mais um, para o brasileiro Cacau, que desviou com a mão uma falta cobrada por Forlán. Apesar dos cartões, a Alemanha também sabe jogar bola. E ensaiou seu gol aos nove. Özil bateu escanteio, e Friedrich cabeceou no travessão de Muslera, que ainda salvou a Celeste na sobra, ao defender a conclusão de Müller.
O meia Muller pega o rebote de Muslera e empurra a bola para a rede do Uruguai (Foto: AFP)
O meia e o goleiro, aliás, escreveriam mais um capítulo juntos dez minutos depois. Antes disso, no entanto, abram alas para uma bomba de Schweinsteiger. Aos 19, o camisa 7 se viu sozinho no meio de campo e – por que não? – soltou o foguete de pé direito. Botou a Jabulani para voar a 117km/h e, aí sim, houve o tal reencontro: Muslera bateu roupa, e Müller, sozinho, pegou o rebote para abrir o placar. Enquanto os zagueiros levantavam os braços para pedir um impedimento que não existiu, a Alemanha festejava o 1 a 0.
Aí foi a vez de o Uruguai começar a construção do seu gol. Aos 24, Forlán pegou uma sobra na área de cabeça, mas Mertesacker esticou a perna para tirar. Na cobrança do escanteio, Cavani desviou, e Friedrich tirou na pequena área.
Cavani (7) comemora seu primeiro gol na Copa, após passe preciso de Suárez (em pé) - (Foto: AFP)
Aos 28, não era mais preciso ensaiar. Pérez, o carrapato que durante toda a Copa torrou a paciência dos adversários, deu um bote em Schweinsteiger, que estava distraído no meio de campo. Roubou-lhe a bola e, quase caindo, encontrou Suárez para puxar o contra-ataque. Opa, Suárez? Então abre parêntese.
(O camisa 9, que voltava de suspensão, foi vaiado do início ao fim do jogo, a cada vez que tocava na bola. Os sul-africanos não gostaram muito da defesa salvadora do atacante contra Gana. Para os donos das vuvuzelas, futebol deve ser jogado com os pés.)
Ok, fecha parêntese, porque foi justamente com o pé direito neste contra-ataque que ele rolou a bola açucarada para Cavani. Na saída de Butt, bastou um toque para balançar a rede: 1 a 1.
Com tudo igual em Porto Elizabeth, a chuva cuidou de esfriar o jogo. Só aos 41 o Uruguai teve outra chance, com Suárez sozinho na área chutando para fora. Estava de bom tamanho.
Diego forlán acerta o voleio e faz um belo gol para colocar o Uruguai na frente (Foto: Getty Imagens)
No início da segunda etapa, voltou a fome de gols. E a virada sul-americana veio com estilo. Aos cinco, Arévalo Rios tabelou com Suárez pela direita e cruzou para Forlán, que emplacou um lindo voleio no canto de Butt. Golaço.
A festa celeste só durou seis minutos, porque aos 11 Muslera entregou de novo. O goleiro saiu catando borboleta no cruzamento de Boateng, e Jansen cabeceou para o gol vazio. Tudo igual outra vez, 2 a 2.
Muslera se estica, mas não alcança a Jabulani após cabeçada de Khedira (Foto: Getty Imagens)
Klose continuava no banco, e de fato estava sem condições de jogo, porque o técnico Joachim Löw foi lançando outros jogadores em campo. Primeiro foi Kiessling, que substitui Cacau. Depois, Kroos entrou no lugar de Jansen. Por fim, Tasci na vaga de Özil. Mas quem decidiu foi o volantão Khedira. Ele estava na hora certa e no lugar certo aos 37 minutos. Após o bate-rebate na área, cabeceou para o fundo da rede, sem chances para Muslera, e fez o gol da vitória alemã.
Kiessling podia ter ampliado para 4 a 2, mas perdeu uma chance incrível, sozinho no meio da área, isolando a bola por cima do gol. Oscar Tabárez, então, tentou sua última cartada ao lançar Loco Abreu no lugar de Cavani. Não deu certo. Quem teve a chance de ouro - ou de bronze - para empatar no último minuto foi Forlán. O camisa 10 cobrou falta aos 48, mas a Jabulani explodiu no travessão e, com ela, foi-se a oportunidade de pendurar a medalha no peito.
Era a senha para o mexicano Benito Archundia levar o apito à boca e dar o jogo por encerrado. Apesar da campanha surpreendente, os uruguaios não esconderam a decepção. Alguns chegaram a se ajoelhar, frustrados. E viram passar, correndo, alemães eufóricos com o terceiro lugar.
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