Os
partidos de oposição querem acelerar a análise das contas do governo no
Congresso Nacional após a apresentação da defesa do governo ao Tribunal de
Contas da União (TCU) no processo das chamadas “pedaladas fiscais”.
O
parecer do TCU deve chegar ao Legislativo em agosto, após o julgamento no Plenário
da Corte. “Acho que agora é que tem que acelerar e votar todas as contas”,
disse o Líder interino do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT). “Tudo o que for
aliado da oposição para combater o que está acontecendo no Brasil e, acima de
tudo, para confrontar o governo, vamos acelerar o processo.”
O Presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende colocar em votação na volta do
recesso as contas pendentes de governos anteriores. Há 16 contas dos ex-Presidentes
Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da
Silva, além da própria Dilma Rousseff, para serem julgadas. No entanto, apenas
cinco já estão prontas para votação em Plenário.
O
parecer elaborado pelo TCU será analisado pela Comissão Mista de Orçamento,
composta por Deputados e Senadores. A Comissão tem até 40 sessões para emitir o
parecer que será levado a Plenário.
Mais do
que técnico, o tempo de apreciação das contas é político. “Se o rito de
apreciação e votação das demais contas fluir, eu até vou seguir a mesma agenda.
Se não fluir, evidentemente que a gente pode priorizar esta conta”, afirmou o Líder
do DEM, Mendonça Filho (PE).
Para
alguns oposicionistas, o clima de instabilidade provocado pelo rompimento
político entre Cunha e o governo exige cautela para a apreciação das contas.
“Depois desse rompimento, a gente não sabe dizer qual o sentimento da Casa”,
afirmou o Líder do PSC, Deputado André Moura (SE), aliado do Presidente da
Câmara.
Agência
Estado
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