A Ministra
da Agricultura, Kátia Abreu, negou nesta quarta-feira (27/05), que o setor
esteja contribuindo para a crise hídrica no Brasil e voltou a defender a
duplicação das áreas irrigadas, uma medida que vê como alternativa ao
desmatamento. Ela conversou com a BBC Brasil em Bruxelas, segunda parada de um
giro de uma semana pela Europa que inclui ainda Genebra, na Suíça, e Londres.
“Quando
falamos que a agricultura usa maior quantidade de água para executar sua
tarefa, estamos falando principalmente de água da chuva. Nossa agricultura é
executada em 65 milhões de hectares e só irrigamos no Brasil 5 milhões de
hectares vindo dos nossos rios. O restante da grande água que nós usamos é da
chuva, quem quiser pode usar. Nós procuramos fazer economia do uso de água
através da pesquisa e da inovação. Através de sementes que necessitam cada vez
menos água porque são mais resistentes à seca”, disse ela.
Em
Bruxelas, a Ministra se reuniu com os comissários europeus de Agricultura, Phil
Hogan, e de Saúde, Vytenis Andriukaitis, para conversar sobre um possível
acordo sanitário que o Brasil pretende assinar com a União Europeia, nos moldes
do que já tem com a China e a Rússia. Outro objetivo do encontro foi pressionar
a UE a concluir o processo de certificação que autoriza os Estados de Tocantins
e Rondônia e o Distrito Federal a exportarem carne de gado ao bloco.
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