O
plenário da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira (10/12/2014),
a cassação do mandato do ex-petista André Vargas (sem partido-PR). Por 359
votos a favor, apenas um contra – do petista José Airton (PT-CE) – e seis
abstenções, Vargas perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar.
O
ex-petista foi acusado de trabalhar em favor da rede articulada pelo doleiro
Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. O relator do processo, Deputado
Júlio Delgado (PSB-MG), insistiu que Vargas representava interesses do doleiro
e que, por isso, quebrou o decoro parlamentar. Em seu discurso, Delgado apelou
para que os colegas resgatassem a imagem da Casa frente à opinião pública.
Todos
os partidos orientaram suas bancadas a votar pela perda de mandato, incluindo o
PT. A primeira sessão foi marcada por um tumulto em plenário após ser encerrada
com pouco mais de duas horas de debate. Os parlamentares de oposição enxergaram
o térmico por falta de quórum como uma manobra para Vargas ganhar tempo e
escapar da cassação. Sob pressão, o Presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
reabriu a sessão com a mesma pauta.
A
representação que culminou com o pedido de cassação foi originada a partir de
denúncia de que Vargas utilizou um jatinho pago pelo doleiro para uma viagem
com a família. De licença médica, o ex-petista não compareceu à sessão desta
manhã para fazer sua defesa em plenário. O Deputado Eurico Júnior (PV-RJ) fez a
leitura da defesa apresentada pelos Advogados do ex-petista no Conselho de
Ética.
Antes
do início da votação, Vargas falou com exclusividade ao Broadcast Político,
serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sobre sua preocupação em
relação à votação em plenário. “Já paguei um preço alto por ser do PT”,
declarou.
Fonte: Estadão
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